sexta-feira, 28 de março de 2014

Tazria – Metsorá

Título: Falar coisas boas
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levitico) 13:1-8
Personagens: Aharon
Material: Um bonequinho para ser Aharon, 3 pessoas do povo, objetos e brinquedos de médico.
Resumo: Oi, sou Aharon, irmão de Moshé! Nestas ultimas semanas nos vemos muitas vezes seguidas porque todo o livro que estamos lendo é conhecido por ter as instruções para nós, os Cohanim (sacerdotes).
                   Hoje vou contar para vocês sobre uma doença que existia no tempo da Torá. Hoje em dia – por sorte – já não existe mais, mas os Rabinos nos explicaram porque essa doença existia e acho que podemos aprender muito com essa história, querem que eu conte para vocês?
                   A doença tinha um nome muito diferente, se chamava Metsorá. Eram umas manchinhas na pele e cada vez que essas manchinhas apareciam a pessoa tinha que ir até o Cohen (sacerdote) para ele dizer se a mancha que apareceu era Metsorá ou uma outra coisa, depois disso tinha que esperar 7 dias, uma semana inteira, para ir de novo se consultar com o Cohen e ver se tinha melhorado… O Cohen era como um médico naquela época, todos se consultavam com ele.
                   Como contei para vocês, o mais interessante dessa doença foi o que nos ensinaram os rabinos, eles nos disseram que essa doença, a Metsorá só aparecia para quem fazia Lashon Hará. Lashin Hará é quando falamos mal de uma pessoa, ou então, mesmo que não falamos exatamente mal, dizemos coisas que ela não gostaria que outras pessoas soubessem ou falassem daquela forma, por exemplo quando contamos um segredo, ou quando gritamos, ou não pedimos “por favor”, ou ainda quando usamos palavras que não são bonitas.
                   Se a pessoa fazia Lashon Hará e tinha Metsorá, então tinha que ficar separada das outras pessoas para pensar, e depois de 7 dias o Cohen voltava e olhava se a pessoa já tinha melhorado. 
                   Por sorte essa doença já não existe mais, porém ainda é muito importante que a gente tenha muita atenção com a forma que falamos a coisas e o que falamos, para não fazer Lashon Hará e deixar as pessoas tristes.
Moral da História: É muito importante falar coisas boas com as pessoas.
Refletindo: O que é mais fácil: pedir ou agradecer? Temos o hábito de agradecer? Agradecemos mesmo sem ganhar nada? Quando o fazemos, é somente por educação ou estamos agradecendo de verdade? Pensamos sobre o agradecimento ou é algo automático?
 
Material Associado: Cazuza - Vida Fácil

quarta-feira, 19 de março de 2014

Shemini

Título: A alimentação
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levítico) capítulo 11
Personagens: Aaron
Material: Um bonequinho para Aaron, objetos de cozinha e comidas de brinquedo.
 
Resumo: Olá, Shabat Shalom! Como vocês estão? Eu sou Aaron, irmão de Moshé e estou muito feliz e contente que estamos nos reencontrando.
Hoje quería contar para vocês sobre a nossa alimentação, sobre o que comemos. Vocês já comeram?
Quero contar para vocês uma coisa que acontecia comigo quando eu era pequeno, e tenho certeza que acontece com todas as crianças.
Quando eu era pequenininho, antes de comer a deliciosa comida que estava pronta lá em casa, me dava uma super vontade de comer um doce, como uma bala, um chocolate, mas todos os adultos diziam “Não”, não importava se eu estava na minha casa, na casa de um parente, de um amigo ou em outro lugar, sempre diziam “Não”, que eu devia comer a comida e depois podia comer o que eu queria.
Com vocês isso também acontece?
Outra coisa que sempre acontecia, como sempre me ensinaram, quando eu estava com uma bala ou um chocolate, e durante um passeio encontrava um bebe, desses que ainda nem sabem andar, eu oferecia o meu doce, porque sempre dizem como é lindo dividir, mas os adultos me diziam “Nãooooooo, ele é muuuuuiiiitoooo pequeno, ainda não pode, o médico não deixa, senão vai ter dor de barriga.”
Já aconteceu assim alguma vez com vocês?
Mas que mundo é esse das comidas e da alimentação, não?! E esse mundo é muito importante, porque precisamos comer para crescer e continuar sempre aprendendo.
Por isso tudo, existem comidas que podemos comer e comidas que não, comidas que gostamos e comidas que não gostamos. Comidas que podemos comer juntas e outras que precisam ir separadas.
Os adultos dizem: “somos o que comemos”, isso quer dizer que se comemos direito, vamos poder crescer fortes e saudáveis.
E já que falamos de comidas, hoje me despeço de vocês dizendo: “Lechaim”
Moral da História: Somos o que comemos.
Refletindo: Se Deus fizesse a Cashrut hoje, quais seriam suas preocupações? Como nos alimentamos atualmente? O que interfere em nossa alimentação? Como mantermos os melhores hábitos para nós e para a sustentabilidade do mundo? Cashrut possui relação com a ecologia e o tikun olam?
Material Associado: Fome Come - Palavra Cantada

segunda-feira, 10 de março de 2014

Tsav

Título: Guardando, guardando... Cada coisa em seu lugar
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levítico) 6:1-6
Personagens: Aaron
Material: Um bonequinho para Aaron, três bonequinhos para o povo, três bichinhos, uma mesinha (altar), papeizinhos (para fazer as cinzas), escova, caixinha (cesto de lixo).
Resumo: Olá amigos, é um prazer estar de novo com vocês. Lembram de mim? Eu sou Aaron, o irmão de Moshé. Como contei para vocês nos outros dias, há muito tempo, eu e meus irmãos tínhamos muito, mas muito trabalho.
As pessoas do povo de Israel traziam seus bichinhos, porque esta era a forma que nós tínhamos de se comunicar com Deus, o que hoje conhecemos como tefilá.
As atividades terminavam muito tarde todos os dias e, quando íamos deitar, mal encostávamos a cabeça no travesseiro e já dormíamos. Na manhã seguinte, levantávamos bem cedo e saíamos para arrumar tudo que havia sobrado do dia anterior.
É melhor arrumar sempre antes de ir dormir, mas há momentos que o sono nos vence e temos que deixar a arrumação para o outro dia.
Sabe, nós, os cohanim, tínhamos muitas pessoas que gostavam muito da gente e que estavam sempre dispostas a nos ajudar: os leviim, as pessoas da comunidade e um monte de amigos... Porém havia algumas tarefas que eram importantes que nós mesmos as fizéssemos, então quando acordávamos, vestíamos uma roupa que podia sujar (para não sujarmos nossas roupas de sair) e nós mesmos íamos limpar e arrumar os lugares. Pegávamos uma pá, varríamos tudo e deixávamos tudo ordenado para que as pessoas pudessem chegar com seus bichinhos e dar às boas-vindas a eles com tudo limpo e ordenado.
Moral da História: Esperamos que esta história sirva para que você também limpe e arrume sua casa e seu quarto.
Refletindo: O que é rezar hoje para nós? Como rezamos? Rezar é simplesmente ir à sinagoga? É ler o que está no sidur? Podemos encontrar outras maneiras de entrarmos em contato com nós mesmos? Como se rezava antigamente? Como rezamos hoje? Por que mudou? Como o cotidiano e a nossa época interfere nas maneiras de realizarmos e encararmos os rituais? Os adequamos ao mundo como ele é hoje? Isso é bom ou ruim? Por que fazemos isso?

quarta-feira, 5 de março de 2014

Vaicrá

Título: Conversando com Deus
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levitico) Cap. 1
Personagens: Aaron
Material: Um bonequinho para Aaron, bonequinhos para fazer o povo, bichinhos para fazer de korbanot, uma mesinha de brincadeira para fazer o altar.
Resumo: Olá, eu sou Aaron! O irmão de Moshe.
             Hoje estou muito contente porque estamos começando a ler o terceiro livro da Torá, Vaicrá. Este livro também é conhecido como Torá Cohanim, o ensinamento dos sacerdotes, como eu, que sou Cohen.
Há muitos anos, nós, cohanim, tínhamos muito trabalho no Mishkan.
Sabe o que fazíamos? Fazíamos os korbanot. Da mesma forma que hoje o modo que temos de falar com Deus é fazendo tefilá, há muito tempo a forma que tínhamos era fazendo korbanot, ou seja, oferendas para Deus.
Como eram os korbanot? As pessoas da comunidade traziam ao Mishkan seus bichinhos e nós, os cohanim, os colocávamos no altar e os entregávamos a Deus.
                   Existiam diferentes tipos de oferendas, da mesma forma que hoje em dia temos diferentes tefilot (a da manhã, a da tarde, a da noite, quando fazemos uma viagem, quando nos recuperamos de uma doença).
                   Eu, como Cohen, estou muito contente que agora as pessoas não precisam mais trazer oferendas. Primeiro porque sobra mais tempo para eu ler histórias, já que não tenho tanto trabalho. E segundo, e mais importante, é que é sempre muito bom aprender novas formas de comunicação. Deus está em todos os cantos. Quando alguém tem vontade, pode entrar em contato direto com Ele, para poder pedir, agradecer ou contar o que quiser.
Espero que gostem deste livro. É muito especial. Inclusive, há um costume tradicional das crianças começarem o estudo da Torá desde pequeno justamente por causa deste livro.
Moral: É sempre bom se adaptar às novas tecnologias de comunicação.
Refletindo: Como os rituais se transformam ao longo do tempo? E o judaísmo? Por que se transformam? Qual a importância de se acrescentar elementos novos do mundo ao judaísmo e às tradições? Como é possível conciliar modernidade e tradição? Como as nossas escolhas no presente podem contribuir ou não para isso? Estamos preparados para escolher?
Material Associado: Sr. Ninguém (filme)