Ioshua
Personagens: Ioshua,
2 espiões, Rachav, Representantes das 12 tribos.
Materiais: Um
bonequinho para cada personagem, 12 pedrinhas, 1 shofar.
Na última parashá que lemos,
bem no fim do ano, antes de Rosh Hashaná, Moshé se despede de todos e a
continuação da história, que está no livro de Neviim (profetas) começa
exatamente com Ioshua. Essa história é um pouco mais longa, porque conta sobre
um tempo muito grande, então vamos aproveitar para nos divertir muito, certo?
Oi pessoal, tudo bom? Eu sou
o Ioshua, vocês se lembram de mim? Nós já nos conhecemos de outras histórias,
durante muito tempo na Torá estive ao lado de Moshé, ajudando ele, porém essa
história é dos Iehudim (Judeus), junto comigo, porque D’us me escolheu para
continuar tudo o que Moshé estava fazendo.
Ninguém ainda entrou em
Eretz Israel, nós estamos do lado de fora e D’us conversou muito comigo, Ele me
diz sempre que devo ser Forte e Corajoso para seguir tudo o que está escrito na
Torá e ajudar a entrarmos em Israel.
A primeira coisa que fiz foi
pedir para dois espiões irem até uma das cidades e ver como ela é e como as
pessoas de lá são.
- Eles são em muitos – Disse
um espião
- E queriam nos matar –
Disse o outro
- Mas uma moça nos ajudou e
nos escondeu – Continuou o primeiro espião
- Ela se chama Rachav e
prometemos que vamos ajudá-la em tudo que ela precisar, quando entramos na
cidade – Terminou a história o segundo o espião.
Nós ficamos um pouco
assustados com as noticias, estávamos ansiosos para conhecer Israel, mas ainda
tínhamos muitos preparativos. Primeiro D’us disse que tinha que fazer o povo
confiar em mim, então ele fez uma coisa surpreendente, bem ele já tinha feito
isso antes, mas ninguém que estava ali tinha visto, apenas ouvido falar, vocês
conseguem adivinhar o que ele fez?
Ele pediu que nos
preparássemos, a Arca Sagrada ia na frente e então caminhamos lentamente em
direção ao meio do Rio Jordão e então... Quando o pé dos 12 sacerdotes tocaram
as águas (música de suspense)... Elas se abriram. Nós andamos no meio do Jordão
e ele estava sequinho, imagine só?! Como quando fugimos do Egito, se lembram de
Pessach? Foi muito divertido, cada representante de uma tribo pegou uma
pedrinha e levou de recordação.
Então o que você acha que
fizemos depois? Não... Ainda não entramos em Israel! Nós fomos a um monte muito
especial e fizemos o Brit Milá, porque esse é um combinado que nós judeus
fizemos com D’us, que sempre íamos fazer o Brit, mas como todos nascemos no
meio do deserto, não tivemos tempo de fazer, e agora D’us nos lembrou que temos
que cumprir o combinado e foi o que fizemos.
Finalmente nos preparamos
para entrar na primeira cidade de Israel, Jericó, a primeira coisa que fiz foi
tirar o sapato, porque D’us pediu e me lembrou que estava pisando em uma terra
Santa, como em um lugar muito especial que não queremos estragar, ou sujar e
então tiramos os sapatos e pisamos com carinho, é muito gostosa a sensação de
ficar descalço, não é?
Mas não foi tão simples
assim entrar em Jericó, tinham muitas pessoas que não queriam que nós
entrássemos e além de tudo uma Muralha G-I-G-A-N-T-E! Então D’us me disse:
- Ioshua, vocês vão ter que
se unir, e assim vão conseguir derrubar a Muralha. Vocês vão fazer uma coisa
muito divertida para ela cair, todo dia, durante 6 dias vocês vão dar as mãos e
dar uma volta em torno da muralha, e enquanto vocês rodam, os sacerdotes vão
tocar o shofar, como em Rosh Hashaná que nos juntamos para escutá-lo...
Então... No 7º dia, vocês vão dar 7 voltas e tocar o shofar 7 vezes, e na 7ª
vez todo mundo deve gritar ao mesmo tempo! Vai ser um barulhão tão grande que
as muralhas vão cair.
E assim nós fizemos, foi bem
divertido mesmo, era como um jogo que fazíamos todo dia. Então ficamos na
cidade e todos os outros foram embora, e a gente ajudou a Rachav, como
prometido, lembra? Porque sempre devemos cumprir nossas promessas.
Mas Israel não era só aquela
cidade, tínhamos que juntar muitas cidades e elas, juntas, formam Israel, a
terra que D’us prometeu para os nossos patriarcas. Estamos muito felizes de ter
começado a entrada, então rápido fomos indo para outra cidade, porém lá nós
perdemos, eu fiquei muito triste, eu me sentia culpado e responsável por
aquelas pessoas, então D’us conversou comigo de novo:
- Ioshua, não se sinta
culpado, a culpa não foi sua, lembra que já disse muitas vezes que temos que
cumprir os combinados? Então, alguns Iehudim não cumpriram alguns combinados e
por isso eu fiquei triste e não ajudei vocês nesta luta, mas se vocês pedirem
desculpas, eu ajudo na próxima vez.
E claro que nós pedimos
desculpas, né?! Ficamos muito tristes quando descobrimos quem era o culpado,
mas então seguimos em frente e ganhamos a outra cidade. Foi muito triste porque
tivemos que brigar com muita gente para conseguir ficar em Israel, não foi nada
fácil, muitos ficaram com medo e se juntaram para brigar conosco, mas sabe que
uma coisa legal aconteceu?! Bem, a forma não foi muito legal, mas foi melhor do
que brigar mais!
Aconteceu que algumas cidades
se juntaram e vieram conversar conosco para vivermos em paz, juntos, dentro de
Israel, o problema que nos chateou um pouco é que eles estavam com muito medo,
por isso nos contaram algumas mentiras, e nós descobrimos a verdade, isso foi
bem chato, mas queríamos ficar em paz, porque brigar é muito chato e isso deu
certo.
Depois de
muuuuuuuuuiiiiiiiiiito tempo nós já tínhamos Israel para nós, eu já estou
velhinho e cansado, então D’us me chamou mais uma vez:
- Ioshua, você está velhinho
e logo deve se despedir de todos, mas antes disso você deve ajudar o povo a
dividir a terra de Israel de uma forma justa entre todas as 11 tribos precisam
ter cada um seu território, como eu prometi, e não se esqueça de ser justo.
Ah! Vocês devem estar
curiosos, porque 11 e não 12 tribos? Porque a tribo de Levi deve cuidar do
Templo e ajudar as pessoas a seguir a Torá, e fazer tudo isso e ainda cuidar da
terra é muito difícil, não é? Por isso as outras tribos iam ajudá-los com a
comida, como na festa de Shavuot, se lembram?
Mas eu estava com um
problema um pouco maior! Como dividir Israel de uma forma justa? Pensei...
Pensei... Pensei... Então, tive uma ideia! Um sorteio! Sim, sorteie cada pedaço
de Israel de acordo com o tamanho das tribos, e foi muito legal, porque todos
acharam justo.
Depois do sorteio cada um
foi conhecer o seu espaço, e depois voltaram para se despedir de mim. As tribos
que ficaram do lado de fora de Israel (se lembram, Moshé os deixou ficarem)
fizeram um altar para eles não se esquecessem de que eram Iehudim. Foi legal
saber disso em minha despedida. Foi uma grande despedida, eu tinha que lembrar
todo mundo de muitas coisas, todos os combinados com D’us e que às vezes é
difícil cumprir os combinados, mas mesmo sendo difícil é muuuuuuiiiitooo
importante, afinal D’us também cumpriu os combinados dele que eram difíceis.
Uma coisa que me marcou
muito na despedida foi lembrar a todos que enquanto estivessem com D’us, Ele
estaria com os Iehudim, e todos ficaram muito felizes e concordaram com tudo.
Deixo um grande abraço, tão especial
quanto os que recebi e logo vocês vão conhecer um novo profeta... Vocês sabem
quem é?
Moral
da História: Os combinados apresentam consequências para
todos, por isso é importante pensar bem antes de combinar e, se combinado,
cumpri-lo.
Material Associado: Ainvenção de Hugo Cabret (Filme)
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